sexta-feira, 22 de maio de 2015

Os primeiros passos de João Paulo


É mais do que evidente que todo tipo de cautela é necessária para falar, cuidar e projetar a carreira de João Paulo. Tão evidente quanto o talento mostrado pelo centroavante de apenas 18 anos promovido pelo São Paulo ao elenco profissional nesta semana.

Até hoje, foram três treinamentos do atacante no CT da Barra Funda. No primeiro dia, foi procurado por lentes e olhos por ser a grande novidade ao lado do lateral-esquerdo Matheus Reis. No segundo, era só mais um em meio a estrelas como Rogério Ceni, Luis Fabiano e Ganso, mas não passou despercebido.
Quando a noite já baixava no CT, foi até o mini-campo, onde há uma “trave” pintada em um muro, e começou a treinar finalizações com os dois pés. Com muita facilidade, acertou o canto esquerdo baixo do gol diversas vezes em sequência. João se dedicou ao exercício por cerca de 15 minutos e partiu para seu quarto na concentração agarrado à bola.
Chegou, então, o terceiro dia de treinos. O primeiro com mais cara de coletivo, de jogo. E não demorou muito para que as qualidades que o Tricolor observa há nove anos – há três no CFA Laudo Natel, em Cotia – fossem apresentadas a todos.
A finalização seca no ângulo de Rogério Ceni abriu o placar do treino técnico aplicado por Milton Cruz. Enquanto seu parceiro de base, Matheus Reis, corria sozinho em outro gramado, João formava dupla com Alexandre Pato. E retribuía a oportunidade com assistência perfeita: chegou à linha de fundo, enganou Ceni e rolou com açúcar para trás.
Ainda era preciso provar o apelido de “Hulk” que carrega desde os tempos de Cotia. Com força e fôlego, voltou para marcar na lateral direita e travou de carrinho cruzamento perigoso armado por Wesley: aplausos dos companheiros garantidos.
João pode não ser uma fonte de renda tão grande como Rodrigo Caio se apresentou e nem ter tanto talento como Boschilia demonstra, mas tem a seu favor um porte físico mais avantajado em relação a outras crias da base tricolor. Ewandro, seu antecessor como artilheiro em Cotia, por exemplo, tem técnica muito elogiada no clube, mas o porte franzino faz com que as esperanças sejam muito menores do que as em João.

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