terça-feira, 19 de maio de 2015

O que falta ao São Paulo????







Janeiro de 2015: o São Paulo começa o ano em alta após o vice-campeonato brasileiro e a semifinal da Sul-Americana, cotado entre os favoritos do Paulista (não que seja grande coisa ganhar estadual hoje em dia) e com elenco para classificar no "grupo da morte" da Libertadores (que tinha San Lorenzo, campeão de 2014 e Corinthians, campeão em 2012, além de São Paulo, com 3 títulos e o uruguaio Danubio) e poder chegar longe no torneio continental.






A temporada começa e pouco a pouco, as previsões caem: porque o São Paulo faz memoráveis jogos em casa no Paulista e na Libertadores, conseguindo grandes vitórias e muitas vezes jogando bem, para ir jogar como visitante, passar um verdadeiro sufoco, o time "esquecer" como joga, ficar totalmente perdido, parecendo nunca terem pisado num campo de futebol na vida, mas no geral, tanto em casa quanto fora percebia-se algo comum no São Paulo: o time não tinha velocidade, tocava muitas vezes a bola para trás e para os lados, sem objetividade, chegava perto da área, tinha medo de entrar em velocidade, fazer jogadas e acelerar o jogo quando fosse preciso. Comandado por Muricy, que já estava com muitos problemas de saúde, o time carecia de padrão de jogo e a diretoria não se mexia para achar novo técnico.









Milton Cruz assumiu às vésperas das quartas-de-final do Paulista, enquanto a diretoria "inventava": surgiam os nomes de Abel Braga (indicado por Muricy, de quem é amigo pessoal , e prontamente descartado), Sabella (uma novela das mais chatas, diga-se de passagem, porque o treinador argentino nunca vinha), Luxemburgo, que embora estivesse perto, também não aparecia e o São Paulo passando pelas quartas do Paulista diante do Red Bull com Milton Cruz, chegando ao seu jogo mais importante, contra o Corinthians pela Libertadores (lembrando que precisava da vitória para se classificar às oitavas, sem depender do San Lorenzo e que já tinha perdido outros dois jogos para o mesmo rival no ano), jogo que por incrível que pareça, o time tricolor dominou, jogou super bem, teve chance de golear e conseguiu a sua classificação, isso não contando a apática desclassificação contra o Santos na Vila Belmiro pela semi do Paulista, porque de novo, o time não produziu nada.









Com a eliminação do Paulista, o time tricolor ganhou incríveis 15 dias de folga até o jogo contra o Cruzeiro pela Libertadores: tempo que se a diretoria pensasse um pouco, poderia ir atrás do necessário para o time - UM TÉCNICO - mas, em vez disso, confiando nos bons resultados de um "técnico-tampão" (sim, ele sempre comandava o time por no máximo 5 ou 6 jogos em situação que o técnico principal ficava doente, doença na família, luto...), preferiu "efetivá-lo" para calar a boca de imprensa e torcedores, detalhe que isso sem procurar Milton Cruz para assinar contrato de treinador e ele continuar a receber salário de coordenador-técnico. 






Diante do Cruzeiro no jogo de ida no Morumbi, mesmo desfalcado de Michel Bastos, seu melhor jogador na temporada, que estava com dengue, São Paulo poderia ter goleado, não fossem as sensacionais defesas de Fábio, mas saiu com a vitória magra, mas importante de 1x0, para dar confiança de buscar a classificação em Minas. Contra o Flamengo, no Morumbi, pela estreia do BR-15, São Paulo jogou muito bem, venceu, convenceu, acelerou jogo quando necessário, cadenciou também e conseguiu uma importante vitória, até que chegou em Minas e o time "apagou" - Rogério Ceni trabalhou demais, tanto no jogo, como nas cobranças de pênaltis, novamente destoando dos demais jogadores e São Paulo novamente desclassificado da Libertadores, pela 7ª vez seguida para times brasileiros.






Depois da trágica eliminação, o São Paulo foi a Campinas enfrentar a Ponte Preta, mas novamente viu-se um time apático, sem iniciativas, só com Rogério Ceni disposto a jogar, literalmente salvando o time de uma goleada e o resto, nem se importando com quem o time estava jogando, de buscar a vitória, de tentar no mínimo mostrar que o time tinha recursos para empatar o jogo, só estava ali os 90 minutos porque o regulamento obriga, senão era capaz de todos terem ficado dormido em casa e falado para o Rogério: "hoje é com você, estamos de folga hoje". Muito triste: nem o M1TO, nem clube e muito menos a torcida merecem tanto descaso de quem deveria honrar as cores desse uniforme, que cada vez mais está passando de protagonista a mero coadjuvante. Agora o time tricolor tem a semana inteira para trabalhar e jogar contra o Joinville no sábado às 18h30 no Morumbi: qual time vai entrar em campo: o atual, que só dá desgosto ao torcedor, ou um time competitivo, que honra o nome que tem, com os principais jogadores que possui, para poder sair com a vitória???






Muda logo, São Paulo!!! 


Busca logo um técnico!!!


Chega de improvisos!!!

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