quinta-feira, 21 de maio de 2015

Arrependido por processo, ex-joia do São Paulo busca redenção no Uruguai


Diogo tem contrato com o Peñarol até o meio de 2016 (Foto: Divulgação)

Um dos jogadores mais queridos pela torcida do tradicional Peñarol (URU), na atualidade, é brasileiro. Aos 25 anos, o lateral-esquerdo Diogo Silvestre tenta reconstruir por lá sua carreira abalada por duas temporadas de inatividade, críticas e desconfiança.

Há poucos anos, Diogo era uma das promessas mais badaladas do Brasil. Formado nas categorias de base do São Paulo, foi referência no Sul-Americano e no Mundial sub-20 de 2009 com a Seleção. Quando voltou ao Tricolor, se incomodou por não jogar no profissional e seguiu o exemplo de Oscar, que havia obtido a liberação de seu contrato via Justiça. Na época, pipocavam convites de grandes europeus e brasileiros, e Diogo até visitou alguns CTs na Itália e na Grécia. O único problema é que a Justiça não viu razão na ação do jovem lateral.

– Influência de empresário, falta de paciência, vários fatores... Eu achava que poderia estar pelo menos jogando, mostrando um pouco mais, aí acabei fazendo isso... que não aconselho nenhum garoto que vai crescendo a fazer – relembra Diogo, cinco anos depois, ao LANCE!.
Na época da vitória na Justiça, o São Paulo chamou Diogo, renovou seu contrato, mas o manteve encostado em Cotia por dois anos. De lá, ele passou por Toledo, Goiás e Anderlecht (BEL) por empréstimo.

Rescindiu com o Tricolor em 2014 e rodou por forças inexpressivas de Portugal: Braga B e Feirense. Até que ano passado, após boa participação na Segunda Divisão portuguesa, o Peñarol mostrou interesse e deu chance para a reconstrução.

– Me arrependo de ter feito isso com o São Paulo, mas acho que tudo está escrito. Quem sabe se não tivesse feito isso não estaria aqui agora? Estaria melhor? Estaria pior? Tudo está escrito. Me arrependo? Pra caramba! Rodei? Em um monte de lugar! As pessoas não me conheciam mais como o Diogo da Seleção, o Diogo do São Paulo. Eu era o menino que entrou na Justiça, porque ninguém me via jogando. É difícil, mas passei por cima de tudo isso e espero que seja só o começo aqui no Peñarol – diz o jogador, hoje casado, pai de dois filhos e decepcionado com o seu passado.

– Minha fama é exagerada...

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