Pense num cara chato, perfeccionista e cobrador. Agora some a tudo isso um paizão, líder, estrategista e um grande caráter, pronto! Esse era o Telê Santana.
Grande jogador dos tempos de Fluminense, onde recebeu o apelido de “Fio de Esperança”, por ter um físico esguio. Telê era um jogador clássico, com bom passe e visão de jogo. Mas não foi dentro das quatro linhas que o fizeram ser uma das maiores figuras do futebol brasileiro, e sim ao lado delas, comandando seus jogadores às mais variadas glórias.
Telê chegou a treinar a seleção brasileira. Montou um verdadeiro timaço. Era a tão falada seleção de 82. Time jogava por música, tinha uma lista de grandes craques do nosso futebol, mas… perdeu pra Itália e o sonho do tetra foi adiado. Telê Santana recebeu (inustamente) então o apelido de “pé-frio”.
Após anos sem ganhar nada, mas ainda assim sendo um técnico excelente, Telê Santana veio para o São Paulo. Um time abalado psicologicamente pelas perdas das duas últimas finais de campeonatos brasileiros, em 89 para o Vasco e em 90 caímos diante do SCCP, de Tupãzinho.
Mas o Telê chegou e pôs ordem na casa!
Lapidou o irmão mais novo de Sócrates, Raí, e este se tornou conhecido como o terror do Morumbi! Raí, virou um grande jogador. Para muitos, o maior da nossa história. Começava ali a era mais vitoriosa do São Paulo Futebol Clube. De 1991 à 1994 ganhamos tudo que se poderia imaginar a nível estadual, nacional e mundial!
Viramos o maior clube do Brasil em pouquíssimo tempo sob o comando de Telê. Nossa camisa impunha medo novamente, entrávamos nos “mata-matas da vida” pra matar e nos eternizamos na galeria de grandes times da história mundial.
Telê perdeu a fama de pé-frio no time que vinha sofrendo com um azar danado nos últimos anos, mas ali a história se mudava ao nosso favor!
O maior casamento de um técnico com um clube de futebol em terras tupiniquins foi esse, Telê Santana e São Paulo Futebol Clube!
E todo são paulino sabe disso, pois ainda cantamos seu nome nas nossas arquibancadas no morumbi! Muito obrigado Telê Santana! Obrigado mestre! Pra sempre iremos cantar sem nunca nos esquecer quem foi você e tudo que fez pelo tricolor mais querido.
“Olê! Olê! Olê! Olê! Telê! Telê!
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