sexta-feira, 6 de março de 2015

Carta aberta ao São Paulo FC: O resgate da honra e tradição


resgate
São Paulo, março de 2015.
Esta é uma carta aberta ao presidente do São Paulo FC, Carlos Miguel Aidar e sua diretoria constituída, ao técnico Muricy Ramalho e sua comissão técnica, ao capitão Rogério Ceni e elenco do SPFC, principalmente, à coletividade tricolor.

O SPFC nunca esteve tão distante de seu rumo e um esforço mister de todos, se faz fundamental para o resgate de sua honra e tradição!
Nascemos em 1930, nos estabelecemos em 1935. O destino era tão campeão que, neste período, um título já ficara no mais novo grande clube da cidade, o São Paulo Futebol Clube, da Floresta, em 1931.
Os anos 40 da moeda em pé, Rolo Compressor. O Palestra perdia a hegemonia.
Na década de 50, garrafadas porque o Tricolor humilhou o Corinthians no Pacaembu.
Em 1963, o Santos de Pelé fugiu de campo, após estar sendo goleado.
Pra sonhar, que seja grande. O Morumbi sendo erguido por heróis. Concluído em 1970, uma avalanche de títulos.
O time da década de 80, com duas passagens inesquecíveis: a Máquina Tricolor e os Menudos do Morumbi.
Viria ainda mais espetáculo, o ápice: era Telê nos 90. A América e o Mundo aos pés do São Paulo.
Novo século, novamente a Libertadores, mais um Mundial. Para conquistar o mundo, é preciso atravessá-lo. Fomos 3 vezes, vencemos todas.
No retorno, a hegemonia nacional. Três vezes consecutivas. 6 ao todo. O maior sem unificações.
Mas, a partir de então…
Arrogância, estagnação.
Anos subestimando a própria força, dentro do Morumbi. A empáfia “aqui é o São Paulo” fez o Tricolor parar no tempo.
Dirigentes mal preparados entre 2009 e 2014, elencos mal montados. Filosofia do bom e barato, teto em razão de donos do clube. Marketing ineficiente. Tabus negativos estabelecidos.
De bicho papão da América, a perdedor contumaz de mata-mata.
Humilhações em eliminações para times de menor expressão.
O menor retrospecto em clássicos da história, nos últimos 10 anos.
Brigas políticas e de poder que expõem a nossa instituição.
“Soberano”, com todo respeito, é o escambau. Somos o Time da Fé!
Onde está o São Paulo?!
Algo já foi feito no último ano, é verdade. Mas ainda é pouco.
Portanto, senhores que leem essa carta aberta, o pedido é simples:
Parem de sangrar o São Paulo!
Caráter!
Honrem essa camisa!
Coloquem suas questões pessoais, abaixo do que representa a instituição São Paulo Futebol Clube! Recado e intimação, que vale pro presidente, pro diretor, técnico, ídolo, jogador.
Ex-dirigentes que tumultuam o Tricolor por perda de poder, sumam do Morumbi!
Recuperem brio em campo! A fama de time frouxo, de fracos, é geral.
Deixarão essa marca em suas carreiras? Não são capazes de enfrentar os rivais com coragem, obstinação, raça e imposição?
Ficarão marcados como fracassados, como decadentes?!
Está na honra de cada um, a reação e fim do estigma. Sem exceção, todos estão devendo e podem mais, em respeito a 18 milhões, que amam o São Paulo.
Aguardaremos na arquibancada, no grito de apoio que não falta, a resposta.
Assinado: Carlos Port, blogueiro e são-paulino de vida de amor ao SPFC, desde 1972.

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