quinta-feira, 23 de abril de 2015

Psicóloga e frase de Mandela no vestiário motivaram são-paulinos


Tudo apontava contra o São Paulo antes da partida de quarta-feira contra o Corinthians, mas a equipe derrotou o rival por 2 a 0, até de forma tranquila, e se classificou para as oitavas de final da Copa Libertadores. Ao final do jogo no Morumbi, jogadores e o técnico interino Milton Cruz revelaram que a motivação veio das reuniões prévias no CT da Barra Funda.

A psicóloga Anahy Couto, que voltou a prestar serviços para o time profissional no início do ano passado, foi a primeira a falar com o elenco. "Foi antes do lanche. Tivemos uma palestra motivacional com ela", disse o coordenador técnico, que vem ocupando a função de comandar o time há pouco mais de duas semanas, desde que Muricy Ramalho deixou o clube em comum acordo com a diretoria.
Anahy já havia trabalhado no São Paulo entre 2010 e 2011 (período em que teve auxílio do psiquiatra Franklin Ribeiro) e também na década de 1990, nas divisões de base do clube e no futsal. Atualmente, ele conversa com os jogadores entre as atividades no CT e também é chamada para motivar o time em algumas ocasiões, como na quarta-feira, quando era preciso quebrar um jejum de vitórias em clássicos para ficar com a segunda vaga do grupo.
Divulgação
Anahy Couto já trabalhou no clube em outras duas oportunidades no clube e é vista toda semana no CT
"Depois da palestra dela, teve a minha. Pude passar aos jogadores o que eu achava que a gente poderia explorar do Corinthians. Em seguida, houve uma conversa entre os jogadores, sem mim. O Rogério (Ceni, goleiro e capitão da equipe) uniu todos, e eles conversaram. Cada um expôs seu parecer", contou Milton Cruz. "Ganhamos o jogo na nossa preleção hoje, antes de vir para o Morumbi. Viemos com convicção de vitória", já havia dito, pouco antes, o próprio goleiro.
O último papo antes da subida ao gramado do Morumbi não foi tão especial como o de 2013, na igualmente decisiva partida contra o Atlético-MG, segundo quem esteve presente. Para Milton, porém, foi outra injeção importante de ânimo. "Você conhece o time na hora da reza. Hoje (quarta-feira) foi um dia daqueles em que você já sabia que não perderia, que o pessoal daria o máximo para conseguir a vitória", falou.
Um papel colado na parede do vestiário também contribuiu. Nele, havia uma fotografia do já falecido Nelson Mandela, grande líder da África do Sul e ganhador do Prêmio Nobel da Paz de 1993, e uma frase que a ele é atribuída: "Tudo é considerado impossível até acontecer". Minutos depois de ver a mensagem pela última vez, os jogadores deixaram o vestiário e conseguiram feitos inéditos: vencer um clássico e impôr ao Corinthians sua primeira derrota no ano.

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