sexta-feira, 24 de abril de 2015

O sonho do Corinthians é ser o São Paulo


Pra começar…
Bicampeão do planeta bola, com apenas um título continental, é conta de quem não passou na escola.

Na marginal sem número, não sabiam o que era campeonato mundial de verdade, até dezembro de 2012. Conheciam torneio de verão. Ou mundialito. Aí, venceram o primeiro título no ano do fim do mundo dos maias (não era pra menos) e já se rotularam bi, no maior estilo Sveitão, amparados pela versão experimental da Fifa, onde venceram sem derrotar um europeu, dentro de casa e o pior, na condição de convidado sem passaporte.
É preciso ser representante legítimo, conquistado por direito.
Ganharam a primeira Libertadores, tiveram enfim a chance de atravessar o mundo e souberam como foi “fake” o torneio de 2000. Pelo menos, pra isso, o mundial 2012 serviu, por mais que não reconheçam. Na consciência, eles sabem.
Pra ser campeão do mundo, na América do Sul, é preciso vencer a Libertadores em primeiro lugar. Ponto.
Agora o SCCP tem Libertadores e o primeiro mundial. Entrou no clube de Flamengo mundialmente, Palmeiras e Vasco no continente. Sonha estar no clube de Cruzeiro, Grêmio e Inter.
Mas segue anos-luz de São Paulo e Santos.
Toda essa ânsia insana em querer comparar as primeiras conquistas corintianas com os feitos são-paulinos reconhecidos pelo mundo, somente comprovam o sonho alvinegro, de ser tricolor.
2011. A sequência de 11 jogos de invencibilidade corinthiana, foi derrubada implacavelmente, pelo centésimo gol de Rogério Ceni.
Tinha que ser no clássico o gol histórico do Mito, para trazer à tona algumas verdades.
Por exemplo: o fim da série alvi-negra reestabeleceu a ordem, quanto ao maior tabu da história, que pertence igualmente ao Tricolor diante do rival alvinegro: 14 partidas e 5 técnicos demitidos no parque São Jorge. 2003 a 2007, o maior tabu do Majestoso até hoje. O SCCP tem um idêntico entre 1975 e 1979, mas sem tantos estragos na linha de treinadores mandados embora.
Histórico, o tabu dos 14 jogos (contando o jogo anulado indevidamente) mereceu até choro do jogador que marcou o gol que findou a escrita, mas nem assim, evitou o rebaixamento naquele ano de 2007, do time da marginal s/n.
Ah falando em choro, quem não se lembra do alambrado do Pacaembu, em 2005. Eterno 5 a 1.
Por falar em rebaixamento, vale sempre lembrar, que em 2004, o SPFC salvou o Corinthians da segunda divisão paulista, derrotando o Juventus. Um ato de compaixão.
Contra o Tricolor, o Corinthians joga sempre como se disputasse o jogo da vida, mesmo, não reconhecendo isso. Tentam disfarçar e desfazer. Dizer que o rival é outro, o porco, aliás, mais unidos do que nunca, contra o SPFC.
Romeu e julieta encampam juntos campanha contra o Morumbi, destinam maiores cotas de ingressos uns aos outros nos clássicos, já fizeram até camisas juntos, com os nomes do rival estampados na manga. Quanto amor…
O Tricolor do Morumbi, por sua vez, não precisa de ninguém, não vende sua camisa.
É hexa conquistado no campo, na técnica e na raça.
Sem asteriscos, sem manchas.
Asteriscos como do campeonato brasileiro de 2005, do torneio de verão 2000.
A supremacia tricolor é comprovada sobre qualquer rival nacional, mais especificamente, em relação ao time que somente após 102 anos de vida, enfim teve 3 títulos internacionais de credibilidade.
12 títulos internacionais a 3, é o placar. Com boa vontade, 12 a 3 e meio.
Em muitos momentos, o são-paulino até reconhece, despreza o time da marginal sem número, que ganhou estádio com o dinheiro do povo.
Realmente, o poder do time do governo não está de brincadeira.
Ajuda a combater a inveja.
Inveja que consome, quando se lembram do cinqüentenário e pujante estádio são-paulino, um dos maiores particulares do mundo. Ah, se não fosse o Morumbi, o que seria de 1977…
Quando perdem, transformam cada derrota em desespero.
Portas fechadas, treinadores demitidos. Nenhum clássico brasileiro ou mundial representou tanta queda de técnicos quanto SPFC x Corinthians. 14 vezes na história: Joseph Tiger, Alcides Aguiar, Rato, Oswaldo Brandão, João Lima, Dino Sani, Julinho, Cilinho, Junior, Junior Fonseca, Tite, Passarella, Antonio Lopes e Ademar Braga, perderam o emprego depois de serem derrotados pelo São Paulo.
Um recorde absoluto de desespero em perder para o rival.
O sonho do Corinthians é ser o São Paulo.
É ter um estádio como o Morumbi sem depender da política, é ser tri do mundo legítimo, ser tri da Libertadores, ser o maior campeão brasileiro.
O Corinthians queria ter um CT como o da Barra Funda, um centro de formação de atletas como o de Cotia. Um rival, realmente, recalcado. Não adianta disfarçar a inveja.
Por tudo isso, o retrospecto de jogos na história até se justifica. Levam vantagem nas finais e clássicos, mas não esquecem Maurinho em 57, o 4 a 0 em 1980, o 5 a 1 de 2005, 3 de Raí em 91, repetindo o show em 98. Os maiores tabus são tricolores. Ah Marcelo, senta no corte do Muller e nos 3 anos apanhando sem fazer sequer 1 gol e tomando 11, entre 91 e 93.
Mas ainda assim, levam certa vantagem. Ainda mais, quando o juiz ajuda decisivamente, como no primeiro clássico no estádio do governo, onde o tendencionismo e dois pênaltis medíocres foram marcados, contra o Tricolor. O apito amigo tem fama que se justifica.
Mas é isso. Contra o São Paulo, o Corinthians realmente se supera.
Porque nada como vencer, quem mais queriam ser.
Porém…
nuncaserao
Publicado em São Paulo FC por admin.

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