Muito provavelmente, os torcedores mais satisfeitos com o resultado do sorteio das oitavas de final da Copa do Brasil tenham sido os do Internacional, que encara o Ituano, e os do São Paulo, adversário do Ceará daqui duas semanas.
E a animação é natural, claro. Afinal, os tricolores, mesmo que irregulares em 2015, estão em situação muito mais confortável do que os alvinegros de Fortaleza. Após 16 rodadas na Série B do Campeonato Brasileiro, o Vozão ocupa a lanterna com 11 pontos. Assim, a teoria fala mais alto.
O mesmo cenário que empolga, porém, é o que traz preocupações aos são-paulinos, ainda inconformados com a queda nas oitavas de final da Libertadores para o Cruzeiro. Na Copa Sul-Americana de 2013, no Paulistão e na Copa do Brasil de 2014, o clube paulista caiu justamente para equipes de menor expressão ou em péssimas fases. Assim, a prática falou mais alto.
Primeiro foi a Macaca, já rebaixada no Brasileirão e classificada com autoridade para enfrentar o Lanús (ARG) na decisão da Sul-Americana. Depois, o Penapolense, em seu segundo ano na elite estadual, calou o Morumbi na disputa de pênaltis das quartas de final. Por fim, novo vexame em casa, desta vez para o Bragantino na terceira fase da Copa do Brasil do ano passado.
Com o elenco desmontado pela necessidade financeira, a competição de mata-mata é vista como a grande chance de título do São Paulo em 2015 e antes do adeus de Rogério Ceni. A última conquista em torneios do formato foi a Sul-America de 2012 – antes dela, somente o Mundial de Clubes de 2005. A esperança, então, mora em Juan Carlos Osorio.
Dos seis títulos conquistados pelo treinador nos últimos três anos pelo Atlético Nacional (COL), quatro foram em mata-matas. Para enfrentar seu primeiro desafio eliminatório no Tricolor, Osorio precisará conciliar o planejamento com o Campeonato Brasileiro: Goiás, Flamengo e Ponte Preta serão os adversários antes, durante e depois das oitavas de final.
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